segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

São Silvestre do Porto, 44:08 :)


De volta às corridas, depois de Gaia… não podia perder uma das minhas provas preferidas.

A chuva ameaçou a festa, mas o povo marcou presença, diga-se que uma presença bem intensa com calor, apoio, muita atenção a todos os atletas do pelotão (pareceu-me haver mais gente que no ano passado, a correr e a assistir)…

Quanto a mim, estava mais confiante que na véspera, pois já sabia que estava capaz de correr com mais força que há um ano. Ataquei a 1ª ida ao Marquês com firmeza, num ritmo a rondar os 4:50/km (o Pai Natal deixou-me um Garmin 310XT no ténis de corrida), depois ataquei a descida para os Aliados em torno dos 4:00/km … a minha estratégia era atacar novamente na 2ª subida para o Marquês… e assim fiz, mas agora o ritmo era mais difícil e tive dificuldades em correr abaixo dos 5:00/km. Quando estava no Marquês pensei que o pior já tinha passado e, já que ali estava, só tinha era que atacar a 2ª descida para os Aliados (e lá fui, abaixo dos 4:00/km)… Esqueci-me da última rampa, a subida dos Aliados (curta, mas subida) e, quando a tive pela frente, exactamente a meio da curva, resolvi atacá-la também. :)

Senti-me óptimo… com a sensação que dava para continuar. Mais uma vez, volto para casa com o prazer que a corrida me dá

Fui para a corrida na óptima companhia do meu vizinho Luís, que ainda não entrou 100% na coisa das corridas, mas vai lá… E mais uma vez reencontrei malta cá da net (abraço para todos) e outros velhos amigos… que gostei de rever (ainda bem que muito bem com a vida).


sábado, 26 de dezembro de 2009

São Silvestre de Gaia


Por estes dias, a "boa forma" não tem sido a minha principal preocupação. Há um mês atrás treinava-me para fazer os meus melhores tempos neste período das São Silvestres… Mas com a adaptação ao mundo do meu filho mais novo… os sonos perdidos, os treinos irregulares e alguma desconcentração para com a actividade desportiva, deixou-me incerto quanto ao meu desempenho nestas provas.

No entanto, o treino está lá e os resultados reflectem-no… no entanto, não gostei muito do que encontrei nesta São Silvestre.

A corrida acabou de ter 10,840Km, graças a uma enorme azelhice da organização que colocou a partida ao contrário (!!!!!!). Ao contrário do que estava anunciado (a partida era em “direcção ao Canidelo”) e ao contrário do que era protector da segurança dos atletas, porque evitaria o enorme afunilamento de pessoas no primeiro retorno, com apenas 400mts percorridos e, por fim, ao contrário do sentido que faria com que o percurso tivesse os anunciados 10 Km.

Passei aos 10Km em 42:45min, um tempo do melhor que fiz até hoje, sendo que tive alguma contenção, porque não faço corridas há mais de um mês… e os treinos têm sido de intensidade moderada, excepto as saídas para fazer séries… Saí desta corrida com a sensação de que era capaz de fazer um tempo abaixo dos 42:00 min. …

Já estou a recuperar para a São Silvestre do Porto… Mas, também não será aqui que vou baixar dos 42 min. :) … Talvez em Santo Tirso.

PS: Mas que bem que me soube o retorno à corrida popular…

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

BOM NATAL E FELIZ ANO 2010


Bom... e chega um dos dias mais desejados ao longo do ano... Para mim, felizmente, é certo a reunião da família mais querida, por um lado, em Trancoso, com os meus pais e irmãos e, no dia seguinte, no Porto, com toda a família da minha mulher. Este ano, com mais um membro na família: o André.

Não é só isso... é um tempo em que a ilusão da beleza, da surpresa, do deslumbramento é tão real como a nossa existência.

Para toda a malta com quem tenho convivido, aqui na net, e na prática desportiva, um Bom Natal e Feliz ano de 2010.

:)


domingo, 22 de novembro de 2009

Treino longo na 1ª Maratona BTT de Aveiro… 98Km


Fui hoje a Aveiro para retomar o BTT. Estou numa fase em que tenho de começar a fazer algo para evoluir no ciclismo. Optei por ir a esta maratona porque sempre que fiz BTT adorei e representa sempre um excelente treino de técnica de utilização da bicicleta, porque, especificamente esta, tinha uma fase final de cerca de 40 Km muito rolantes, o que me permitiria fazer um bom treino de endurance (forte) e porque a minha cunhada esteve o fim-de-semana com a minha mulher (nunca se sabe… já estamos nas 37 semanas e tudo pode acontecer…).

Não vou alongar-me muito neste relato, porque de facto foi um treino… Como houve partidas separadas (havia também uma meia maratona de 45 Km e um passeio de 25Km), rapidamente me integrei num grupo com um ritmo semelhante ao meu. Fui ao chão duas vezes no primeiros 20 Km, uma delas bem no meio de um grande charco de água que se acumulara na muito enlameado terreno circundante das margens do rio Vouga. Nada de mais… O grupo inicial foi-se separando. Uns ficavam para trás e outros para a frente. Mas segui sempre com gente com um ritmo semelhante ao meu. Foi nas subidas e descidas mais técnicas que as minhas dificuldades vieram ao de cima. Desde Junho (Volta aos Mecos) que não fazia BTT e até parece que desaprendi. Logo depois das eólicas das Doninhas (ponto mais alto do percurso) estive a ajudar um par de companheiros que precisavam de uma bomba de ar… mas a minha também não ajudou muito. Perdi bastante tempo… e acho que me deixei ficar por lá porque estava com algum receio da longa descida…

Quando o percurso ficou rolante, a muita lama fazia-o difícil. Mas foi aqui que mais me esforcei pelo meu treino. Ainda me perdi e quando regressava para as últimas marcações, outro companheiro que vinha na minha direcção (perdeu-se no mesmo sítio) … garantia-me que era por ali. Nem questionei muito, mas entre procura das fitas das marcações e telefonemas para a organização, que estavam desligados (a organização foi mazinha), acabámos por perder cerca de 15 min. (fomos um pouco aselhas).

Voltamos para trás, lá encontrámos o percurso e, depois disto, sempre a rolar, havendo umas zonas mais técnicas no final (incluindo algumas descidas) que acabei por fazer sem o travão traseiro… !!
Acabei ao fim de cerca de 5:50h, com o meu ciclo-computador a marcar 98,6Km…

Mais uma vez chego à mesma conclusão: adoro BTT… e acho que é da adrenalina… Ainda não percebi como é que ainda não dei um valente tombo naquelas descidas tresloucadas.

Isto do BTT acrescenta técnica às minhas capacidades, mas a partir de agora vou concertar-me mais na minha preparação para a bicicleta de estrada. De facto, é muito diferente o trabalho que tem que ser feito. No primeiro caso a técnica e a capacidade a subir e descer é decisiva, havendo grandes variações no esforço feito numa prova de BTT. No caso da estrada, o pedalar tem que ser constante, sendo a elevada cadência e potencia o que nos faz andar a ritmos fortes 1, 2 ou mais horas…

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Relato da 6ª Maratona do Porto

Um dia depois da 6ª Maratona do Porto, a sensação de realização está a começar a desvanecer-se perante o desejo de trabalho para os próximos desafios. Apesar de continuar imerso em trabalho e prazos para cumprir, só penso na recuperação para voltar aos treinos… (convém que o diga, também já estou contagiado com o Natal, o que me voltou a acontecer desde que fui pai, sendo que se aproxima a repetição desta sensação, o que me deixa ainda mais entusiasmado).

Mas vamos à maratona.

O que antecedeu a maratona:
Dormi bem, acordei bem e tomei um belo pequeno-almoço: cevada (uma grande malga), pão branco com mel (comi mais que o normal sem ficar enfartado). O meu intestino é um relógio e ontem estava certinho… O plano preparado na véspera foi executado quase automaticamente, sem qualquer stress. À saída de casa levava comigo bebida energética e água, para hidratar antes da partida. Tinha um encontro marcado para as 8h, com um primo meu e um colega (eles correriam os 14Km), junto ao Parque da Cidade. Enquanto os esperava, ainda troquei umas palavras com o Mark Velhote, que me pareceu mentalmente forte e descontraído q.b.. Entretanto, o meu primo tinha-se deixado dormir, mas como estava com tempo, nem isso me stressou… Lá apanhei o autocarro e fui para a partida. Foram muitos os bloggers com quem me fui cruzando, cumprimentando, sempre contente por os rever… mas o meu foco já era a maratona. Fiz as “devidas necessidades” e ainda reencontrei um companheiro de parte da Maratona Carlos Lopes de Maio passado, com quem revivi alguns dos momentos que passámos. No meio disto tudo, quando se aproximou o momento de partida, optei por estar mais perto dos companheiros bloggers do que sozinho, mas também não combinei nenhuma estratégia com ninguém, nem era a minha intenção, porque queria estar muito atento ao meu corpo… seria ele a ditar o ritmo a que iria.

Partida…

A maratona:
O primeiro quilómetro foi lento devido a subida mais acentuada da corrida e porque tive que serpentear por entre alguns corredores mais lentos que tinham partido à minha frente. Nada de problemático porque a Avenida da Boavista rapidamente me colocou a um ritmo próximo dos 4.35/Km. Nesta altura comecei a ter um companheiro blogger por perto, o Ricardo (ora um pouco à frente, ora um pouco atrás). Acrescentámos mais algumas impressões sobre as nossas pretensões (já tínhamos conversado antes de partirmos), que estavam entre as 3:30 e as 3:45.Disse-lhe que ele ia ser uma referência para mim, mas a minha intenção era não seguir outros corredores… apenas o meu corpo. E foi depois do Km 6 que o meu corpo me disse que tinha a bexiga cheiinha. Ora bolas! Lá teve de ser, mesmo depois de ter tido o cuidado de a esvaziar antes da partida!!! Não tive dúvidas, valia mais agora que mais tarde porque ainda estava a aquecer… O tempo que perdi, afastou-me do Ricardo até ao fim. Acho que ele nem se apercebeu da minha paragem porque no retorno do edifício transparente ele pareceu ficar surpreendido com o meu atraso. Nada de mais, só tinha que gerir o esforço (pensava para comigo) e não me precipitar em tentar voltar a alcançar o Ricardo. Segui o meu percurso solitário, mas ao Km 10 tinha o meu amigo André à minha espera (de bicicleta), que me daria todo o apoio de que necessitava…
Passei pelos 10 Km com cerca de 48:30h, mas sempre confortável. Depois do Passeio Alegre, e já na companhia do André, passou por mim cerca de 15 corredores (em grupo) que me convidaram a seguir o ritmo deles, que era de 5min/Km. Ainda apanhei boleia por um par de quilómetros, mas, voltou a assolar-me o pensamento da gestão do esforço… e segui o meu ritmo. Ainda demorou bastante tempo a perder de vista este grupo, praticamente só no retorno da Afurada… mas eu ia ao meu ritmo.

A ponte Dom Luís tinha um dos pontos mais excitantes da corrida. Tratava-se de um sítio em que o público poderia acompanhar os amigos e familiares em vários momentos da corrida: aproximadamente aos 14 km, para quem ia para a Afurada; aos 25Km para quem já estava a caminho da Ponte do Freixo; e aos 32 para quem seguiria pelo túnel da Ribeira em direcção à meta. Ora, a festa era enorme, com muito apoio, muita força dada pelos espanhóis que não olhavam a nacionalidades… era claro que eles percebiam que o que eles nos estavam a dar significava muito para nós. Para mim, foi sempre bom passar por este local.

Nesta altura a alimentação à base de gel continuava a seguir o esquema que tinha predefinido (90 a 180 Kcal por cada 5 Km). O meu amigo André passava-me o gel, dava-me bebida energética e fazia-me companhia…

Antes da meia maratona concentrei-me nos companheiros bloggers que seguiam à minha frente, que já vinham da Afurada e aos quais tentei dar um palavra de incentivo. O Ricardo, a minha referência, lá ia ligeiramente à minha frente. À meia maratona tinha aproximadamente 1:45h. Estava com um ritmo melhor do que o que esperava… mas estava bastante confortável. A tentação de manter o ritmo de 5min/km assolou-me, mas o pensamento que mais tinha treinado era o da gestão do esforço… e assim fiz, contive-me e um pouco acima desse ritmo e segui para o Freixo. Continuava confortável, mas com o aproximar dos 30 Km perscrutava o meu corpo à procura de “um sinal”. Sento várias pequenas dores e desconfortos na fase inicial, mas tudo tinha desaparecido pouco tempo depois. Continuava confortável. No retorno do Freixo, tinha o António Almeida mesmo atrás de mim. Já tinha dado conta dele ligeiramente atrás nos outros retornos, mas a qualquer momento ele estava ao meu lado. O meu ritmo era um pouco superior aos 5min/km e com o António Almeida chegava aos 29Km. Comecei a achar que “o sinal” estava por aparecer… e decidi seguir o ritmo do António Almeida (não fiz o que tinha previsto, pois tinha planeado abdicar da gestão de esforço aos 30Km se me sentisse forte, mas estava a fazê-lo 1 Km antes).

Entrei nos 30Km com pouco mais de 2:30h. Eram os 30Km mais rápidos que tinha feito. Nunca um treino de 30Km demorou menos que 2:35h, tão pouco nas 2 anteriores maratonas tinha alcançado esse tempo nesta fase da corrida. Mas o melhor, era a força com que me sentia. Ainda me questionei se teria sido a alimentação (até aos 30Km consumi cerca de 600kcal de gel), da chuvinha refrescante (?) … rapidamente voltei para a prova e deixei as explicações. Já próximo do túnel da Ribeira sinto o Almeida com um ligeiro abrandar, mas eu continua confortável. Acabei por me deixar levar pelo meu ritmo até ser alcançado por dois maratonistas que vinham num bom ritmo e que decidi seguir. Não troquei uma palavra com eles, nem era necessário, estávamos ali para o mesmo e juntos conseguíamos mais. Foram a minha companhia num ritmo que iria cair aproximada- mente nas 3:32h, mas aos 37,5Km comecei a sentir-me a fraquejar. Deixei seguir estes dois companheiros e fui ficando para trás deles. É certo que nunca foi muito difícil, afinal de contas já estava em plena Rua do Brasil, bem próximo do ponto de encontro com a minha família, no edifício transparente. Fui-me distraindo com essa ideia, não forcei muito, mas já não segui o ritmo forte com que estive nos quilómetros anteriores. Depois do reconfortante encontro com a minha mulher e filho, deixei de ter foco mental e tentei reatar um ritmo forte, mas já não deu para grande coisa. Foi a altura em que mais senti o André a tentar apoiar-me, mas eu estava noutro mundo… (obrigado para ele). Controlei o tempo aos 40Km e aos 41Km e estava convencido que baixava das 3:35h … mas isto são 42Km e...195m e nem sprintei…

3:35:08 foi excelente para mim… Mas, acima de tudo, esta foi a maratona que me deu mais prazer, foi a maratona em que senti ter a corrida controlada, ou melhor, em que aprendi que é possível ter esta corrida minimamente controlada. Há desafios que tenho na minha vida que passam por ter confiança em enfrentar esta distância.

Hoje já tenho essa confiança.

domingo, 8 de novembro de 2009

03:35:08


Está concluída mais uma maratona, com o meu melhor tempo das 3 que já acabei, tendo ganho cerca de 14 min à marca de Maio passado na Maratona Carlos Lopes.

Na minha antevisão, achava que o tempo de 3:40 seria bom, havendo um desejo de conseguir baixar das 3:30. Situação que achava pouco provável, dado uma série de condicionantes. A principal era a crença de que estou em menor forma que em Maio, tendo, por exemplo, falhado o teste para esta maratona, na meia maratona SportZone (tempo superior a 1:40), quando em Abril tinha feito a meia maratona Cego de Maio na casa da 1:36… Para além disto, na penúltima semana estive constipado, o que antecipou o descanso em 8 dias.

Mas, o que mais queria desta Maratona, 1 ano e ½ depois de me ter iniciado na corrida, era acabar com a sensação de que já domino a distância. É certo que há quem defenda que esta distância nunca se domina (eu tenho no meu programa um dia desistir de uma maratona), mas, para mim, dominá-la era chegar ao fim sem a sensação de ter sofrido imenso para a acabar (situação que aconteceu nas duas primeiras). Assim, no meu ponto de vista, era importante ter duas meias maratonas equilibradas em termos de desempenho. E assim foi: hoje fiz a 1ª meia-maratona em 1:45h e a segunda em 1:50h… A quebra foi ao Km 37,5… ao contrário das outras vezes que foi antes dos 30Km. E desta vez, a quebra, não chegou a derrear-me completamente, tendo conseguido manter um ritmo sem nunca chegar aos 6min/Km e em que ganhava mais lugares do que os que perdia… havia muito mais gente a passar bem pior do que eu.

Estou satisfeito, apesar de não ter alcançado o objectivo que tinha estabelecido para este ano de 2009 (tempo da maratona abaixo das 3:30h).

Para este resultado acho que houve vários factores favoráveis:
1 – Alimentação. Depois do final das minhas férias de Agosto resolvi riscar da minha dieta os doces e as gorduras. Acabei por perder 4 quilos: antes de começar a Maratona Carlos Lopes, depois dos reforços de massa da véspera, pesava 76,6Kg. Hoje de manhã, também depois dos reforços, pesava 72,8Kg;
2 – Treino de base. Em Agosto e Setembro não fiz séries nem treinos de intensidade (excepto nas provas em que participei… triatlos de Setembro). Só em Outubro recomecei as séries). Foram meses de treinos longos… que procurei fazer em ritmo de endurance, aumentando a intensidade nos quilómetros finais;
3 – Descanso antes da prova. Um bocado forçado na penúltima semana antes da maratona devido à constipação, mas nos 3 últimos dias só fiz 4Km, ontem de manhã – este descanso pareceu-me relevante, por exemplo, para chegar à meia-maratona com 1:45h, bastante confortável;
4 – Hidratação… diária. Há um hábito que adquiri nos últimos meses que vou tentar preservar. Chá. Bebo todos os dias chá. Faço aproximadamente um litro e vou bebendo ao longo do dia, à noite. Assim, é mais agradável estar a beber "água" ao longo do dia, juntando-lhe a água que costumo beber, por exemplo, durante ou depois dos treinos, acredito que beba quase todos os dias pelo menos 2 lts de água – para além disso, também abandonei o vinho :) (costumava beber um copo ao jantar);
5 – A alimentação durante a prova. Optei por ingerir o gel (de absorção lenta) que tenho consumido em provas de BTT, triatlo, treinos e com o qual me tenho sentido bem. Disciplinadamente, consumi 90 a 180kcal por cada 5Km, até aos 25Km. Depois disto, acabou e só tinha gel de absorção rápida, que optei por não tomar (nunca me dei muito bem com ele e estava com a sensação de que o que meteria para dentro vinha cá para fora…);
6 – O tempo que se fez sentir hoje. A chuvinha refrescante e o vento que não apareceu, ajudou e muito. Antes de partir, pensava que era um dia idêntico (talvez melhor) que o dia em que tinha corrido a meia maratona Manuela Machado (Janeiro de 2009), onde consegui a minha melhor marca na meia-maratona;
7 – O apoio durante a prova. Pedi a um amigo meu (André) para me acompanhar de bicicleta (é o desporto que ele anda a praticar), fornecendo-me o gel e bebida energética sempre que eu precisava. Nem precisei muito, porque não cheguei a sentir sede (o tempo que se fez sentir, ajudou), mas foi uma presença constante, dedicada a mim… e isso significou mesmo muito. O meu grande obrigado para ele.

Para este resultado acho que houve vários factores perturbadores:
1 – O período que vivo em termos profissionais desde o final das férias tem sido de grande intensidade… há stress associado, muitas viagens pelo país e como agora sou Profissional Liberal tenho que dar-lhe bem porque em Dezembro quero estar de férias, concentrado no novo membro da família que está a chegar. Apesar desta parte da minha vida profissional estar a correr bem, é difícil depois das 22:30h ir treinar… Mas assim fui fazendo, acumulando stress com treinos, o que tem sido dose;
2 – A maratona não foi o meu foco principal até ao dia 4 de Outubro. Até aí, pensei mais nas provas de triatlo que na maratona. Quero investir no triatlo e nunca deixei de treinar natação e ciclismo, tendo inclusivamente sido necessário investir fortemente na natação para recuperar a paragem (na natação) de Agosto… acho que vai continuar a ser assim.

Para já, como balanço do dia de hoje, ele deu-me segurança quanto à expectativa de poder baixar das 3:30h no próximo ano. No entanto, ainda não sei se vou fazer 1 ou 2 maratonas… aguardo o calendário de triatlo para decidir a minha agenda. Para já vou fazer uma maratona de BTT dentro de 15 dias, em jeito de treino mesmo, e tentar melhorar os tempos dos 10 Km na Volta a Paranhos e nas São Silvestres… com o olho na próxima época de triatlo.

Ah… para acabar… GRANDES tempos para os meus parceiros bloggers… Parabéns para eles: António (grande melhoria na marca), Miguel (à beirinha do objectivo), Meixedo (no seu melhor), Velhote (extraordinária estreia), Capela (sempre a melhorar), Ricardo (foi a minha referência e saiu-se muito bem na viagem ao continente), Fernando (ao nível do que nos tem habituado), Mota (este homem é impressionante), João (sempre bem... venha lá esse blog ), Nuno K (mais uma!) … e o Brito e a Otília (bons tempos). Se me esqueci de alguém, peço desculpa.

Abraços para todos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ei-la

Cerca de um ano e meio depois de me ter iniciado na corrida, enfrento agora a 6ª Edição da Maratona do Porto.

Há uma série de aprendizagens que espero ter bem integradas no próximo Domingo. Aliás, no dia da prova, o que é decisivo é isso mesmo: o que sabemos/aprendemos sobre a maratona e a forma como a nossa mente utiliza esse saber… o treino, esse, já foi feito e nada mais há a fazer.

No próximo Domingo vou tentar partir chamando-me à atenção de que ainda sou pouco rodado para andar nestas coisas de maratonas… logo, tenho que ser comedido nas ambições.

Se sou pouco rodado para fazer esta maratona, menos ainda era nas outras duas (5ª Maratona do Porto e 4ª Golden Marathon Carlos Lopes).

Dessas duas experiências, tem-me assolado a constatação da dificuldade que tive nos últimos quilómetros. Na 5ª Maratona do Porto, fiz a 1ª meia maratona em 1:56h e a 2ª meia maratona em 2:12 (tempo total: 4:08). Na 4ª Golden Marathon Carlos Lopes, fiz a 1ª meia maratona em 1:46h e a 2ª meia maratona em 2:03 (tempo total: 3:49). Ora, a progressão poderia continuar com uma primeira meia maratona mais forte que a segunda... No entanto, desta vez vou tentar aumentar o equilíbrio no desempenho nas duas meias maratonas. O que mais tenho lido nos posts dos companheiros da blogosfera é que devemos ser mentalmente comedidos nos primeiros 30 Km, para estarmos fortes nos últimos 12… Tenho que ser capaz de fazer isto. Há cerca de 15 dias atrás, na meia maratona Sport Zone não fui capaz de gerir esse esforço, mas acho que foi esse o momento da constatação de que tenho que ser capaz de fazer a primeira meia maratona mais lento.

Outra constatação, por muito óbvia que seja (a mente é mesmo assim), é a de que os tempos a que aspiramos e que realizamos são resultado directo do treino que fazemos. É claro que isto é o que vem em todas as revistas ou livros da especialidade,mas dito assim até parece uma grande conclusão :). Eu, com os meus 475Km desde Agosto, não posso aspirar a tempos semelhantes aos de quem fez 600Km, 700Km, 900Km… Nem o facto de acumular horas e quilómetros de natação e bicicleta me pode colocar num patamar que não seja o de alguma parcimónia. É certo que gostava de fazer um tempo abaixo das 3:30h, mas não tenho treinos para tal. Vou tentar decidir o tempo que vou tentar fazer com o avançar do tempo, procurando avaliar-me ao fim dos 10 Km, dos 15Km, dos 21Km, dos 25Km e dos 30Km. Vou partir a pensar no ritmo dos 5min/Km, mas não vou querer forçar e abrando se me sentir a ultrapassar o que posso. Se chegar ao fim da 1ª meia maratona com 1:50h, poderei aspirar às 3:40h… mas só será possível se chegar aos 30Km capaz de fazer 12Km em ritmo próximo dos 5:15min/km. Acima disto, ainda fico contente se melhorar o meu tempo de Lisboa (3:49:21). Só fico triste se tiver que desistir :).

Parece-me que nunca estive tão capaz de correr a distância como estou agora, porque fiz mais treinos longos e com mais comodidade. No entanto, a minha forma é menor do que em Maio passado. Tenho menos treinos de intensidade e menos séries. Para além de tudo isto, não posso esquecer que são as experiências que procuro. Não tenho grandes objectivos para além de ir melhorando as marcas… pelo menos para já.

Assim, espero ter o prazer do momento de acabar mais uma maratona, do prazer de me cruzar e incentivar os amigos da blogosfera, dos dois dedos de conversa no final… e chegar a casa com aquela euforia de quem ainda está sob efeito do feito…

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Meia maratona Sport Zone

Vou fazer uma notícia breve sobre esta meia… é tarde, estive a preparar a semana de trabalho, que vai ser agitada, e esta meia maratona até ficou aquém do que eu esperava :(. O tempo foi de 1:40:50, quando esperava fazer próximo de 1:35h … “E mais do que 1:40 seria uma desilusão”. Até ao Km 16-17 ia para um tempo por volta do previsto, mas, tive uma quebra valente. Não há que desanimar e tenho que continuar focado no objectivo da maratona.

Neste dia, realizou-se também o II Meeting Blogger. Foi para compensar o resultado da prova, porque acabou por ser um dia muito bem passado, com companheiros que conhecemos aqui da Internet e que também têm o bichinho do desporto. Soube-me a pouco e já estou desejoso da data do próximo Meeting, ou de novos reencontros nas provas de fim-de-semana. Abraços para todos.

sábado, 10 de outubro de 2009

Ironman Kona

De facto nunca antes pensei neste dia como tenho pensado este ano. Também não vou acompanhar o evento de forma religiosa, há treinos e família que são prioritários, mas vou estar muito atento.

Como tenho uma série de companheiros-bloggers-corredores, que seguem os meus posts, faço questão de divulgar este dia como o dia que me tem inspirado na minha prática desportiva e que é o que representa a criação do triatlo contemporâneo (exactamente neste local, com este formato… assim reza a história).

Hoje à tarde, 10 de Outubro, às 17:45h, terá início o que é considerado o Campeonato do Mundo de Ironman. É a competição que junta todos os triatletas que conseguiram o direito de inscrição nas diversas provas do circuito mundial. Basicamente, há provas deste circuito por todo o planeta (aqui próximo de Portugal temos o Ironman Lanzarote ou o Ironman Nice) nas quais são distribuídos direitos de inscrição (“slots”) para os melhores por categoria (Elites - profissionais, amadores por escalões - Age Groups, Masculinos e Femininos). NOTA: Todos têm a possibilidade de competir com os do seu escalão (por exemplo, no escalão 75anos-79anos, por cada prova do circuito há um determinado número de apurados), sendo assim possível estar no Ironman Kona desde que para isso tenha obtido o respectivo “slot” para o evento… que pelos vistos é daqueles momentos de plenitude para quem lá vai…

Já tivemos anos com razoável representação portuguesa. Este ano vamos ter 2 portugueses:
Elites: Sérgio Marques, que num dia bom poderá ficar no Top 10… apesar da época não lhe estar a correr da melhor forma;
Age Groups 40-44: Paulo Codinha, que me parece que vai para conseguir o tal grande momento da sua vida, podendo baixar das 10h.

Podem acompanhar a evolução dos nossos atletas aqui. Sérgio Marques nº 65 (PRO M) e Paulo Codinha nº 921 (AG 40-44).

O Ironman Kona 2009 pode ser acompanhado em directo, na Internet, aqui:

Site ironman
ou
Site universalsports

E há um fórum de malta do Triatlo Longo (Tri-Oeste) que tem estado muito activamente a comentar e acompanhar o evento.

Abraços.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Treininho na meia-maratona de Ovar…

Depois do sprint de Coimbra, tal como estava planeado, lá estava eu às 10 horas, do dia 5 de Outubro, pronto para a partida da minha segunda vez na bela meia-maratona de Ovar (há uma ano atrás, também lá estive). Cheguei muito próximo da hora de partida e não me encontrei com nenhum dos companheiros da blogosfera…

Acabou por haver espaço para esses encontros ao longo do percurso… havia muitas zonas de retorno, com os percursos de ida e de volta a cruzar-se. Isso permitia-nos sermos corredor e público ao mesmo tempo. E foi esse o espírito da parte inicial da minha prova: ser parte do público, olhando para o público como se fossem o actor principal. Inicialmente fui público do público de Ovar (na minha memória do ano anterior, o público da cidade de Ovar apoiava os atletas, mas não vislumbrei qualquer apoio neste ano de 2009), depois, fui o público dos caminheiros (paralelamente à meia maratona houve uma caminhada de 5Km), depois, dos companheiros de corrida que seguiam na volta do Furadouro, depois da população do Furadouro (estes sim, sempre a incentivar) e depois, novamente dos companheiros na zona da ria… Só na grande recta com mais de 2Km que nos leva à meta me concentrei mais nas passadas e nas ultrapassagens… Enquanto público incentivei os colegas bloggers que fui encontrando: o Velhote, o Capela, o Miguel, o Meixedo… e um par de colegas do Triatlo, com quem tinha estado na véspera em Coimbra…

Foi uma corrida que fiz na fase inicial a ritmo muito baixo… aos 5Km tinha 26:30min. e um colega meteu conversa comigo… puxou por mim e aos 10Km estava com 52min. … disse-lhe que preferia ir mais lento (de facto não estava a perceber se ia depressa demais ou não…). Eu fiquei ligeiramente para trás e respirei um pouco. Aos 11Km pensei que deveria fazer os últimos 10Km a um ritmo mais forte para ser um bom treino… acelerei um pouco e aos 15Km levava 1:18h, Ai pensei que teria que seguir um pouco mais forte para ser um treino com algum sentido para as minhas aspirações… lá fui, sempre em progressão, até à 1:47:38h finais, no 1186º lugar. Um excelente dia, com convívio porreiríssimo no final, que incluía os companheiros que tinha visto na corrida, mais o Luís Mota e família e um companheiro do Miguel, o João.

Assim se passou mais um belo fim-de-semana, que só teve isto que aqui relatei (com o triatlo de Coimbra)… e o resto do tempo foi passado com a família e um casal de muito bons amigos que temos para os lados de Aveiro… quase como eu quero que sejam todos os meus fins-de-semana.

Abraços.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sprint de Coimbra foi em sprint…

O Sprint de Coimbra é uma prova num rio com águas calmas, num percurso de ciclismo quase plano, com bom piso e com a corrida em terra, também plana. As ameaças de chuva para o fim-de-semana é que pareciam perturbar a possibilidade de fazer uma boa marca. Mas quando estava em Coimbra, a preparar-me para iniciar a prova, essa desculpa não servia para falhanços. O tempo estava óptimo. Restava-me a desculpa dos ferimentos nos pés, que poderiam perturbar a corrida… Mas isso iria afectar a minha transição do segmento da natação para a corrida, porque demoraria mais tempo para colocar umas compressas nas feridas e calçar umas meias para não agravar o estado dos pés. Só, mais nada. À partida ia correr como se tudo estivesse bem.
Por estas razões, estava decidido a lançar-me na natação com força, ir até ao limite para não perder a roda de quem quer que fosse e correr em sprint até não poder mais…

RELATO:

Comecei por reencontrar o companheiro Miguel Torres, que tinha conhecido no Triatlo da Póvoa do Varzim. Também se está a iniciar no triatlo e como o clube dele é o INDIVIDUAL, como eu, fizemos companhia um ao outro até ao início da prova. Foi depois da preparação do material no parque de transição, minucioso e com mais cuidado que o habitual, reencontrei o Paulo e toda a equipa do Clube de Veteranos do Porto. Durante a prova voltaria a fazer companhia ao Paulo.

NATAÇÃO:

Como previsto, sai forte, tentando seguir alguém que fosse com um bom ritmo. Assim foi e senti que a primeira bóia tinha chegado rápido… No caminho para a segunda bóia quis ir ainda mais rápido e, numa ultrapassagem, porque apenas tive esse companheiro por referência (deixei de olhar para a bóia) acabei por me aproximar demasiado da margem. Tive um par de minutos de alguma atrapalhação, mas quando já estava próximo de mais uma viragem, havia umas bolhas do rasto de um companheiro que me guiaram. Foram essas bolhas que segui até ao final, num bom ritmo. Já no parque de transição, com o meu material à frente e com o fato meio despido, o meu cronómetro marcava menos de 14 min..

BICICLETA:

Transição lenta, como tinha programado, com colocação das compressas nas feridas e utilização de meias. Quando sai do PT, tinha ultrapassado os 15:30 min.. No arranque deste segmento pensei logo no Paulo Neves, se ele estaria atrás de mim, muito atrás, ou não. Era o grupo dele que eu queria constituir… mas como não poderia saber, procurei um bom ritmo. Alcancei dois companheiros e fomos sempre a ganhar lugares. Fui eu quem mais puxou por estes dois companheiros. Sentia-me forte. Há um momento em que quis beber um pouco de água… e não tinha bidão. Era o esquecimento do dia, estava sem água. A partir daí senti-me mais retraído a puxar pelos dois companheiros, mas não deixei de ir lá dar a maior parte do tempo (afinal eram apenas 20 Km e logo teria o “habitual abastecimento no início da corrida”)… No retorno para a segunda volta, vinha próximo de nós um grupo com alguma dimensão. Ainda segui com um dos dois companheiros quase até meio dessa segunda volta quando fomos alcançados. Lá vinha o Paulo, a puxar a maior parte do tempo, e depois disso arrisquei sempre em ficar na roda, e senti –me a descansar o resto do tempo. Mesmo antes da transição ainda pensei em procurar isolar-me porque estava com sapatilhas de corrida (ainda não utilizo os sapatos de encaixe) e todos estariam preocupados com essa transição, enquanto que eu era só deixar a bicicleta e já estava. Não os passei, ainda atrapalhei o Paulo (peço desculpa mais uma vez), mas fui o primeiro do grupo a sair do PT.

CORRIDA:

Sai forte mas cheio de sede. Afinal o abastecimento não era à saída do PT. “Deve ser logo ali”, pensei ao olhar para a primeira curva. Depois, deve ser depois da ponte, porque assim abastecem toda a gente no mesmo ponto (passagem duas vezes por esse ponto)… mas não havia sinais de abastecimento. O elemento que ajudava a organização sinalizando para onde teríamos que virar na saída da ponte tinha uma água na mão, pedi-lhe e ele deu-ma… estava safo. Nesta altura, já alguns dos companheiros do grupo de ciclismo tinham passado por mim. Eu estava a dar o que tinha… O Paulo também se aproximava, passou por mim e ainda o segui alguns metros. Quase que não o perdi de vista até ao final, mas eu estava em sofrimento a dar o que tinha… tal como tinha pensado, forcei, forcei, forcei… estava sem grande capacidade de discernimento quanto ao tempo que iria fazer. Tinha começado o segmento de corrida com praticamente 52 min. e nem me apercebi que ia para um tempo inferior a 1:15h

Assim foi, fiz 1:13:24 h, e fiquei em 42º (absolutos). Alcancei o meu primeiro objectivo da época (+ou-).

sábado, 3 de outubro de 2009

Grande fim-de-semana em perspectiva.

Tive uma semana com limitações nos treinos de corrida, por causa das feridas nos pés (por causa das bolhas), resultantes do Triatlo de Setúbal. A solução foi ir treinar para a praia de Matosinhos.

Poupei os pés por causa deste fim-de-semana: (1) vou a Coimbra fazer o último triatlo da época e (2) no dia seguinte farei um treino na meia maratona de Ovar. O que me deixa apreensivo é a chuva que dizem que aí vem… Em ambas as provas espero rever um bom grupo de amigos que tenho feito com esta coisa das corridas e dos triatlos...

Depois disto vou estar 100% focado na Maratona do Porto, até porque até agora tenho feito a minha preparação de acordo com o previsto…

Já agora, descobri que o que me deu na cabeça e me levou à mudança que aconteceu na minha vida há 2-3 anos atrás e que me levou às corridas e ao triatlo, já tem um nome: downshifter.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

1,5Km X 40,5Km X 10,5Km X 1100Km X 1voto


Foi um fim-de-semana sempre de um lado para o outro...

Começando pelo fim, hoje fui votar à minha terra natal, Trancoso, o que me custou 400Km... Mas tinha direito ao voto.

Somando estes 400Km aos 700Km de ontem, para ir fazer o Olímpico de Setúbal, a soma dá 1100Km.


O que valeu foi mesmo a companhia. Hoje foi a do meu miúdo e ontem com dois companheiros triatletas, O Paulo do Clube de Veteranos do Porto e o Nuno do CCDM Matosinhos. A blogosfera permitiu estes contactos e eis-me na companhia de outros triatletas para poupar uns tostões e ter viagens suaves e a conversarmos sobre assuntos que são muito do nosso interesse: triatlo.

Como a noite vai larga, este relato vai ficar breve.

Estou numa fase em que tenho feito treinos longos e nem sabia bem como seria o meu desempenho.

Na natação tínhamos uma "ondinhas" que nos retiravam completamente a visibilidade... e assim senti as dificuldades das águas abertas. Resultado: fui sempre a "apalpar" o mar, para ver o que ele me dava... Deu 31:45m.

As transições tinham sido programadas para ser mais rápidas. Coloquei elásticos em vez dos atacadores e era para ser "sempre a abrir"... Assim foi. No final da natação tinha o companheiro de viagem Paulo a passar por mim e pensei em seguir-lhe a roda. Ainda estive 1 volta atrás de um grupo que se foi criando atrás dele. Fiquei muito bem impressionado com a determinação com que carregou com aquele grupo naquela e nas restantes voltas do percurso de ciclismo. No entanto, eu não estava forte... senti mesmo que o folgo estava a faltar e deixei-me ficar. Ainda tentei apanhar mais um par de rodas, mas era pouca a minha capacidade. Senti dificuldades no ciclismo e acabei com 1:17:23... O percurso nem era complicado, mas preciso de continuar a treinar bem o ciclismo... tenho que conseguir muito melhor.

Já estava com vontade que a corrida chegasse... Chegou... e tínhamos logo no início uma grande rampa. Como tenho andado a treinar transições da bicicleta para corrida, estava forte e passei logo ali uma série de companheiros... Alguns acabaram por me passar mais à frente, mas percebi que na transição mesmo, os treinos resultaram. Foi logo ali que comecei a sentir uma picadinha na zona dos calcanhares dos pés (nos dois). Eram bolhas, resultantes da fricção do pé molhado, com alguma areia, nas sapatilhas. A meio do segmento de corrida deixei de sentir a dor (psicologicamente) e tentei concentrar-me na corrida... assim foi. Tivemos que subir 4 vezes a tal rampa do Parque Albarquel, onde se realizou esta prova. Foi dar-lhe o que pude... e deu 50:24.

No final fiz 119º, com 2:41:47, numa prova com distâncias a ultrapassarem os 40km de ciclismo e os 10Km de corrida. Fiquei a 4min. do Paulo e a 2min. do Nuno (que esteve doente na última semana e não terá conseguido o desempenho de que é capaz)... Mas foram boas referências para mim.

Para o ano há mais e quero ver se coloco estes 2 (ou outros) triatlos como objectivos na minha preparação... e tentar ficar nos 100 primeiros no nacional.


Um grande abraço para o Paulo e para o Nuno. Espero reencontros para breve em triatlos ou corridas.

domingo, 6 de setembro de 2009

Grande treino, concluído com a Corrida do Homem e da Mulher…

Dá-me sempre um grande prazer, que nem sei explicar muito bem, correr no meio de corredores populares, ouvir as bocas que mandam uns aos outros, desafiar-me a tentar acompanhar o ritmo de um que vai mais rápido, ver os sorrisos, os cumprimentos efusivos e, no final, a satisfação escondida nos rostos do sofrimento realizado…

Assim, não consegui deixar de me inscrever na Corrida do Homem e da Mulher (Edição 1). No entanto, estou numa fase em que quero investir numa boa base de corrida, bicicleta e natação. O objectivo é a longo prazo e tento disciplinar-me o melhor que posso para colher os frutos mais tarde.


A ideia era fazer um treino longo de bicicleta, seguindo para a Corrida do Homem e da Mulher. Alguma preguiça ao acordar fez com que apenas às 8:08 estivesse a sair de bicicleta, junto à rotunda de Matosinhos. Nesta altura achava que não poderia fazer sequer 60Km porque teria de sair por volta das 10 horas daquele mesmo sítio em direcção a Leça, onde começava a corrida. Talvez tenha sido este pensamento que tenha feito com que tivesse andado um pouco mais depressa, sem nunca chegar ao esforço que normalmente imponho em provas, o certo é que ao fim de 30 Km eram 9:06. Nesta altura decidi que chegaria aos 60Km e seguiria para Leça. Assim foi, às 10:03 estava a chegar ao carro, coloquei a bicicleta no suporte, coloquei o cadeado e vesti a T-shirt oficial da corrida, onde tinha colocado previamente o dorsal. A transição acabou por ser lenta e às 10:07 estava a sair em direcção à Brito Capelo. Era altura de me alimentar e seguir num ritmo razoável. Às 10:25 já estava no local de partida e para não arrefecer lá dei mais umas corridinhas de um lado para o outro (ainda encontrei um velho amigo... o Moreirinhas, a entrar agora neste mundo). Terei feito aproximadamente 4,5Km até ao início da Corrida do Homem e da Mulher. Depois da partida, foi deixar-me levar. O ritmo era em torno dos 5 min/Km e começava a sentir muito o cansaço. No último Km tive a companhia do Mark Velhote, que estava a passar por mim, que está em preparação para a Maratona do Porto e tem um ritmo bem à frente do meu. Acabei por fazer este último Km um pouco mais rápido, o que foi muito bom - excelente forma de acabar o treino (muito boa companhia o Velhote).

No final eram 11:06, tendo estado quase 3 horas a treinar e a Corrida do Homem e da Mulher deu um tempo de 34:14 min. no meu cronómetro. O treino de bicicleta foi feito a um ritmo superior a 30 Km/h e o de corrida inferior a 5min/Km, o que me deixou bem contente.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Meu querido mês de Agosto… acabou.

Tal como tinha previsto, no mês de Agosto, deixei-me de séries e procurei fazer treinos longos. Aproveitei o tempo para me dedicar ao que não tenho muitas possibilidades de fazer durante o resto do ano. Passei mais tempo na(s) bicicleta(s), deixei a estática em casa, corri durante o dia, deixei de correr depois das 22h e de nadar, nada. Pois é, piscinas fechadas e férias num mar impróprio (costa vicentina/alentejana). Foi um mês em que não passou de umas braçadas, sem estruturação nenhuma. Já na bicicleta, fiz mais de 500Km e corri quase 200Km. Foi o mês em que mais tempo passei na bicicleta e a correr desde que faço registos (faço-os desde Março deste ano). Também fiz com muita regularidade treinos de transição (bicicleta-corrida), dos quais, diga-se, sinto algumas melhorias. No entanto, ao fim dos primeiros 15 dias comecei a pensar que estava a fazer treinos demasiado fortes e, porque me sentia cansado, resolvi abrandar. Acabei por ter algumas folgas e quando voltava aos treinos sentia-me sempre mais forte…

Vou tentar continuar a trabalhar o endurance, insistindo nos treinos longos e baldar-me às séries… Vou tentar olhar de outra forma para o descanso e ver se consigo reduzir uns quilitos na bicicleta … e na corrida (portanto, em mim).

Entretanto, já estou com um pé num novo período da minha vida.

Em termos profissionais vêm aí 3 meses decisivos para os projectos em que estou envolvido. Faço parte de uma equipa que tem prazos para cumprir, objectivos a alcançar e satisfação a realizar, exigindo ainda grande capacidade de nos relacionarmos adequadamente com diferentes personalidades e com expectativas diversas como tudo. Tudo isto gera uma grande quantidade de pressão. E isso também importa para o que conseguimos fazer no desporto.

Em termos familiares, em Dezembro, nasce o meu 2º filho… o André.

Até ver, estou 100% dedicado à minha prática desportiva. Houve algumas alterações aos planos com que iniciei o ano, mas a retracção é para gerir o meu tempo, sem que isto se transforme num stress também.

Neste momento estou a colocar os meus objectivos a longo prazo, para 2011, por isso vou tentar insistir no endurance. No curto prazo o foco principal vai ser a Maratona do Porto, mas em princípio ainda vou a Setúbal fazer o Triatlo Olímpico do Campeonato Nacional (até porque eventos deste género rareiam em Portugal). Para além disso, vou tentar estar presente no próximo triatlo longo que se fizer cá no jardim…

Dia 27 de Setembro e dia 11 de Outubro, serei um cidadão grato a todos(as) os(as) que morreram e sofreram para podermos ser nós a decidir quem nos governa.

sábado, 1 de agosto de 2009

Férias começaram com o Triatlo do Fundão

Estou a acabar o meu 1º dia de férias, com a minha família, na minha terra natal, Trancoso.

A uma hora do Fundão, na companhia do meu pai (70 aninhos) lá fui dar umas braçadas na Barragem da Capinha, depois, pedalar até ao Fundão (em linha), para acabar com uma corridinha no centro da cidade... Fui 116º com o tempo de 1:23:06 (acabaram 161).

Estavam lá todas as estrelas do triatlo português, começando com o Bruno Pais (que mais uma vez ganhou o Triatlo do Fundão, 8ª em VIII edições), o Darte Mrques (que mais uma vez ficou logo atrás do Bruno Pais), também lá estava a legião das grandes promeças Juniores e Sub 23 e também o alpinista João Garcia (que mais uma vez fez cerca de 1h30). Por fim, também a Vanessa Fernandes lá estáva, que mais uma vez... Algo se passa com a Vanessa... pergunto-me se não está a precisar de uns conselhos do pai. O pai ou quem quer que seja, espero que a ajudem a passar por esta fase que está a ser complicada e que volte em grande.
Quanto à minha prova, mais uma vez, gostei imenso, embora a natação e a bicicleta tenham ficado aquém do que esperava. Acabou por ser na corrida que me senti melhor (21:06 para os 5.100mts). Agosto vai ser um mês com mais tempo (vou subtrair o tempo do trabalho)... Vou curtir ao máximo a minha família e uns treininhos valentes de bicicleta e corrida, espero bem.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Portugal na Vertical

De Viana do Castelo a Sagres, cerca de 650km em pouco mais de 24 horas, non stop, de noite e de dia, no último fim-de-semana de Julho, no primeiro dia de férias, de bicicleta... foi este o desafio auto-proposto pelo Pedro Alves... no Portugal na Vertical 2009.

E eu tive uma perspectiva privilegiada. A troco da integração da equipa de apoio, tive a oportunidade de assistir bem de perto a esta aventura, onde pude sentir as dificuldades do Pedro, as suas dúvidas e certezas, os diferentes momentos de humor, o cansaço, a aproximação do outro lado do humano, a força da determinação...

No final, nem me fazia muito sentido que ele me agradecesse... parecia-me que era eu quem tinha de agradecer.

Este tipo de aventuras têm trabalhos pouco relacionados com o enfrentar da dificuldade em si mesmo. Não é a essência do desafio, mas a equipa de suporte é importante. E o Pedro tinha um elemento que nem um profissional superaria: a extraordinária dedicação da Filomena. Eu disso fui testemunha também... assisti a tudo.

Uma última palavra para o segundo elemento do desafio... o Simões. Esteve em prova aproximadamente nos primeiros 100 Km e teve que desistir depois de uma queda. Está bem, mas foram muitos os momentos em que ele esteve no pensamento de todos nós. Há-de haver uma próxima... e eu vou continuar a torcer por ele.

Obrigado Pedro e Filomena.

PS1: Abraço para a malta do UMA que esteve no pensamento e nos assuntos discutidos pela equipa de apoio quando passámos ao largo de Tróia-Melides na manhã de Domingo

PS2:Um abraço também para o Rui Ruim e para o Bento, que acabei por conhecer ao irem ver o Pedro...




domingo, 19 de julho de 2009

A minha primeira vez… num Olímpico.

Agora sim, sinto que já fiz alguma coisa no triatlo. Foi a distância Olímpica (1,5Km+40Km+10Km), em Aveiro, num tempo de 02:35:41, tendo ficado em 130º lugar em 174 que o concluíram.

Nas minhas expectativas estava um tempo inferior a 02:30:00, mas acabei por gerir
o esforço em todos os segmentos e não estou desiludido com o que fiz. O parcial de natação foi o de 30:34, com a primeira transição a demorar 02:06, o parcial de ciclismo não aparece nos registos da classificação e andei a fazer contas para o calcular, e demorou 01:14:20 (já inclui a transição, que neste caso terá sido muito rápida – talvez 00:30). Por fim, no parcial de atletismo demorei 00:48:41. Os tempos foram o que acho que devia ter feito, talvez pudesse ter feito melhor na natação, sendo que fui fazendo a gestão do meu esforço ao longo de toda a prova...

(pequeno relato)

NATAÇÃO


Depois do triatlo da Amizade (feito há quinze dias) ganhei confiança para o segmento da natação. No entanto, pensei..., estava no Campeonato Nacional Individual, tive que me federar para fazer esta prova, e achava que só estava ali rapaziada de topo, ao contrário do que teria acontecido em V. N. de Cerveira. Para além disso, as características do percurso de natação, por um dos canais da ria, com a partida de um local que começava a afunilar nos primeiros 200mts e prevendo-se muita luta na água, optei, assim, por deixar partir toda a gente e arrancar nas traseiras do “pelotão”. Má opção. Rapidamente estava com uma parede enorme de pessoas à minha frente, que seguiam a um ritmo inferior ao meu. Ultrapassei uma primeira massa de gente, vislumbrei um campo aberto à minha frente e comecei o esforço na natação nesta altura (até aí tinha nadado lentamente a tentar fazer gincanas entre os companheiros desta prova). Pouco tempo depois estava com mais um grupo pela frente que, novamente, tive dificuldades em ultrapassar. As razões eram simples: pouca visibilidade, os canais da ria são estreitos e os adversários seguiam uns aos lado dos outros e ocupavam uma parte significativa da largura do canal. O retorno dos 750mts surgiu e um pequeno engano deste grupo, cedeu-me a passagem e lá fui… Voltei a nadar forte e voltei a ter mais um grupo para ultrapassar. À terceira foi de vez, ganhei força e meti-me no meio de dois nadadores e tentando não magoar ninguém, lá voltei a ficar com a ria aberta, só para mim. Daí até ao final ainda ganhei mais uns lugares, mas foram fáceis as ultrapassagens porque eram participantes isolados. Ainda sprintei na fase final e acabei com a sensação que fazia outro tanto sem grandes problemas… (Os meus treinos longos em piscina são de 3000mts, fazendo normalmente 1h). Considero que posso descrever este segmento como salgado, estreito, enlameado, com a primeira parte cheio de gente e… fácil.

1ª TRANSIÇÃO


Nas minhas anteriores participações em triatlos, retive sempre uma certa dificuldade na passagem da natação para a bicicleta, com alguma falta de fôlego no momento em que calçava as sapatilhas. Ontem não foi assim. Senti-me lúcido na transição. Tive que tirar a touca e os óc
ulos, colocar um snack no bolço, calçar as sapatilhas (ainda não tenho sapatos de encaixe), colocar os atacadores entrelaçados uns nos outros (para não correr o risco de ficarem enrolados na corrente), colocar os óculos por causa do pó e colocar o capacete (apertado)… Ainda pensei se estava tudo e… lá fui.

CICLISMO

Quando comecei o segmento de cicl
ismo, o meu pensamento era integrar-me rapidamente num grupo. No início estava com uma série de ciclistas próximos de mim e tentei perceber se poderia ir com eles!?! Uns fugiram-me e outros ficaram para trás… Não deu, fui sozinho na primeira volta. Era um percurso com muitos retornos, que implicavam abrandamentos e a retoma do nosso ritmo, situação que causa grande desgaste. Numa zona de rotundas, onde há um ano (quando tinha feito o meu primeiro triatlo de promoção) me custou subir, estava espantado com a velocidade que cheguei a levar (38Km/h)… mas quando passei pela rotunda do topo e comecei a descer, senti o vento de frente e tive dificuldade em estar nos 33Km/h. O vento foi a grande dificuldade no segmento e pensei que não podia voltar a ficar sozinho naquela descida. Nas voltas seguintes fui sempre integrado em grupos que iam mais adiantados (com uma volta de avanço), protegido do vento e a tentar ir na roda como podia (tenho que treinar mais isto)… Na volta final, fui num grupo de adversários directos e até cheguei a puxar por eles. Ainda tive espaço para me alimentar e… separámo-nos. Eu fui um dos que se adiantou (fiquei com um destes companheiros à frente. Foi neste segmento que dei conta do apoio da minha família (mulher e filho)… e como é bom!!!

2ª TRANSIÇÃO

Mal percebi, estava na 2ª transição, sentia-me forte, mas com receio do impacto da passagem dos 40 Km de ciclismo para os 10 km de corrida. Coloquei a bicicleta junto ao local onde estava o meu nome (caramba, estava lá o meu nome… e foi fácil encontrar o meu “pouso”), tirei o capacete… e… ainda pensei se faltava alguma coisa, mas tinha as sapatilhas calçadas e… lá fui.

ATLETISMO

O percurso tinha uma rampa bem puxad
a, mas era feito pelas principais artérias da cidade, com público e dois abastecimentos (4 voltas). Tive que gerir o esforço, mas tentei tirar prazer da coisa. Acabei por estar junto dos atletas de top e assisti por dentro ao despique entre a Anais Moniz e a Barbara Clemente, que passaram por mim já na última volta (delas), bem perto do fim. O meu prazer lá estava, com o apoio da mulher e filho por cada passagem pela meta e de outros companheiros que estavam nesse dia de fora. Já na última volta, quando só tinha adversários directos ou atrasados, puxei um pouco mais e acabei bem forte. Mais uma vez, parecia que poderia continuar.

Estou extremamente satisfeito com o que fiz neste ano e meio, depois de deixar de fumar e de ter decidido começar a correr e andar de bicicleta para fazer um triatlo olímpico. Na altura, o que me moveu foi a ideia de fazer isto que alcancei ontem. Mas pelo meio outros objectivos foram estabelecidos. O Ironman é para mim o próximo grande objectivo. Possivelmente não vai ser no ano de 2010, como pensei inicialmente, porque a família vai aumentar em Dezembro próximo, mas eu chego lá… Para já vou tentar estar no Triatlo Olímpico de Setúbal, fazer a Maratona do Porto e fazer um Half Ironman (ainda pensei ir a Sanabria fazer um Duplo Olímpico, mas provavelmente só o vou fazer o Triatlo internacional de Lisboa Longo, dia 25 de Abril do próximo ano)… O impacto que os treinos para esta modalidade têm na nossa vida familiar e profissional tem que ser muito bem gerido… Mas vou aproveitar ao máximo o facto de já estar "cá dentro" e de sentir vontade de continuar a progredir…

Tenho que arranjar um clube.


Há um a série de gente que me apoiou nisto… e tenho-os comigo.

domingo, 12 de julho de 2009

Hoje foi o dia da Meia maratona de Matosinhos.

Foi a primeira vez que fiz esta prova e achei mais dura do que estava a contar inicialmente. Fui sem grandes expectativas, com o pensamento de fazer um treino mais puxado que o normal, numa ambiente de corrida popular, como é do meu gosto.

Ia comigo o meu primo Ricardo, que tem andado a treinar como deve ser (!!!!), mas separamo-nos logo na fase inicial na confusão da partida. Quando nos cruzámos em Leça da Palmeira apercebi-me que ele ia num ritmo muito bom. Ainda pensei em aguardar por ele, mas (é nisto que acredito:) cada um com o seu prazer… e segui a minha corrida.

Acabei com o tempo de 01:43:22, no lugar 389º de 634 atletas que concluíram esta prova.

Comecei bem, a um ritmo forte e já depois da primeira passagem pela meta encontrei o João Meixedo. Como ele tinha GPS disse que íamos a um ritmo de 4:25min/Km, o que para mim era exagerado… Pensei em segui-lo, mas pouco depois acabei por me deixar levar num ritmo mais lento porque o corpo estava a começar a pedir. Aos 10km estava com 46min. e pensei que era a altura de optar entre fazer uma prova para um bom tempo ou, apenas, para um treino mais duro. Optei pela segunda possibilidade, porque (1) não tenho feito treinos para este tipo de distâncias e (2) era mais confortável :).

Segui “o ritmo do meu cansaço”, sem forçar muito. Aos 15Km estava com 01:12h e ainda pensei em correr um pouco mais rápido para descer abaixo de 01:40h, mas não me saiu... Quando cheguei ao final, lá veio o prazer de sempre… Como gosto destas sensações…

Ainda encontrei e cumprimentei, por fim, os companheiros da blogosfera: Meixedo (que tinha conhecido na fase inicial da corrida) Capelas, Velhote (com quem também troquei um comprimento efusivo num dos cruzamentos de atletas) … ficou a faltar o Miguel
Gostei muito da curta conversa que tive com eles (falei mais com o Velhote)… ao certo voltaremos a conversar, até porque há interesses comuns (um grande abraço para eles e para os outros companheiros da blogosfera com quem espero continuar a privar durante muitos e muitos anos).

O meu primo Ricardo acabou por fazer um excelente tempo (aproximadamente 01:47h), tendo em consideração que era a sua 2ª meia maratona (fez a da Sport Zone há quase um ano) e também não tem feito treinos muito longos…
Parece-me que ele está pronto para fazer uns treininhos longos e até pode ser que vá à grande festa do atletismo cá do Norte (Maratona do Porto)…

Uma última nota para a animação que havia por Matosinhos... nalguns locais foi muito agradável o apoio do público... gostei muito desta prova.

Abraços para todos.

Rui


domingo, 5 de julho de 2009

O meu primeiro triatlo sprint…

Desloquei-me hoje a Vila Nova de Cerveira e Tomiño para fazer o meu primeiro triatlo na distância sprint (750m+20km+5km). Mas foi especial, por duas razões: (1) quer o segmento de ciclismo, quer o de atletismo decorreram fora de estrada asfaltada, o primeiro em BTT e o segundo com desníveis e terreno que eram do género corrida de montanha; (2) e também era uma organização luso-galaica, neste caso com a responsabilidade maior a cair para o lado da Federação Galega de Triatlo, representando o primeiro evento em que participei fora do meu país (mas não completamente…).

Para mim foi um prazer enorme fazer este triatlo. Gosto cada vez mais de BTT e voltei a experimentar uma sensação óptima na corrida fora de estrada… Para além disso, foi a segunda vez que nadei em águas abertas, a 15 dias da minha estreia num triatlo olímpico (III Triatlo de Aveiro) e a primeira vez na distância de 750mts, e que correu muito melhor do que esperava.

Acabei os três percursos com 01:36:12.

RELATO:

Manhã cedo rumei a Vila Nova de Cerveira com a família. Resolvemos fazer um piquenique ao almoço que foi digerido entre o parque de transição 1 (Espanha) e 2 (Portugal)… A natação começava em Espanha, acabava em Portugal (onde estava a 1ª transição) e o BTT era feito junto ao castelo de Vila Nova de Cerveira e acabava do outro lado da ponte da amizade, onde decorria a corrida final.

A natação deixava-me apreensivo, mas era uma questão de ritmo… poderia ir forte e ficar rapidamente cansado, ou tentar fazer a travessia do rio Minho mais calmamente e era improvável cansar-me. Optei pela segunda estratégia, e pouca pancada levei na largada e na passagem pelas bóias, aliás, dei alguma, excepto já nos metros finais que alguém me enfiou a cabeça para baixo, no rio… Ainda perdi uns segundos, mas, depois de tirar o fato e calçar as sapatilhas que também seriam utilizadas na corrida, e com a bicicleta em movimento, o meu cronómetro marcava 14:26min… significando que terei feito o segmento de natação em menos de 14 min. Bom augúrio, penso eu. O BTT fez-me perder posições… senti que havia BTTistas a recuperar lugares que tinham perdido na natação. Mas correu-me sempre bem, também não dei o máximo porque a atenção tem que ser sempre grande… mesmo assim, subi sem apear, a dar o máximo, e desci sem medo. Nas zonas de asfalto, segui a roda de companheiros, com uma passagem pontual pela cabeça dos grupos que fui constituindo. Fiz o percurso de BTT em 56:06 min (era o tempo que marcava o ciclocomputador no final). Na transição para a corrida comecei a ter o apoio da minha mulher e filho. No final de cada volta que completava, ouvia bem forte o “força, força” do meu miúdo de 4 anos… Mas não conseguia ter essa força toda. Mesmo assim, não foi um mau segmento, segui o meu ritmo e só na última das 4 voltas, comecei a ter pensamentos de grande prazer que me fizeram correr bem forte na fase final da corrida.

PS: Tem sido difícil arranjar tempo para treinar como deve ser, o trabalho está a estrangular-me os dias… estou a precisar de um treino longo de corrida e, por isso, vou fazer a meia-maratona de Matosinhos.

domingo, 28 de junho de 2009

10ª Corrida Festas da Cidade do Porto


Tal como estava previsto, hoje de manhã lancei-me à 10ª corrida Festas da Cidade do Porto, feita com a parceria do meu primo Ricardo. Ontem à noite pensei em não ir, hoje de manhã também. Quando fui do local onde estacionei a minha viatura até à partida, feito a pé com uma corrida muito ligeira, pensei outra vez em desistir. Depois de alongar voltei a ter este pensamento. Aos 5 Km, como passávamos pelo local da meta, ainda pensei uma outra vez em desistir. Mas não desisti, fui até ao fim, num ritmo lento é verdade, numa lógica de treino de recuperação… e acabei. Foi preciso 01:24:03 para ficar no 1028º lugar, mas sinto que bem mereço a medalha. Depois da Volta aos Mecos, da luta taco a taco com a vontade de desistir, só podia mesmo estar satisfeito.

Pretendia aproveitar este fim-de-semana, com a família fora, para me dedicar a treinos de acumulação de quilómetros de bicicleta, tentando aliar-lhe a dureza, com uma corrida. Pensei em fazer um treino longo de bicicleta de estrada com uma meia maratona no final, mas como gosto de participar nestes eventos, e estavam estas duas provas agendadas, lá fui. Está feito, sem grandes mazelas, até porque, depois desta corrida, sinto-me a recuperar bem do esforço de ontem.

Para o meu primo Ricardo, os parabéns por ter melhorado o tempo do ano anterior em mais de 10min., aproximando-se da 1:15H… Ainda tentei segui-lo… mas não dava.

Volta aos Mecos em BTT


Não é que não se esperasse tamanha dureza, mas foi um dia de sofrimento atroz… Mais de 130 Km percorridos em cerca de 11:49:12 (reais, fora as paragens, foram aproximadamente 09:20:50 – diz o meu ciclocomputador), com um acumulado de cerca de 3200 mts e um terreno técnico com é a região de Alfena, Valongo, Paredes e Penafiel… com eucaliptos caídos no meio dos trilhos e estes, com muita pedra, com regueiros fundos, fazendo com que muitas subidas e descidas fossem dificílimas. O desafio era subirmos a 6 Mecos da região (Casteição, Quinta-rei, Santa Justa, Pias, Senhora do Salto e Boneca)… e fizemos quase 100%... acabámos por não “picar” o da Boneca, porque já estávamos estoirados e optámos por não fazer a parte final da subida para este meco e ficámos pelo Parque Eólico. Depois seguimos para a marginal e para o Porto.

CONSEQUÊNCIAS
Estou com o rabo assado e com o meu lado esquerdo cheio de arranhões… O rabo foi do selim, possivelmente com a ajuda de uns calções um tamanho acima do meu, que provocou a sua fricção na minha pele, quase desde o início. Os arranhões, são da minha curta experiência com pedais de encaixe e, provavelmente também excesso de aperto no pedal do lado direito, o que me fez cair várias vezes… o que valeu foi que era em momentos de abrandamento e em que o desencaixe não funcionou…

PARCEIRO
O meu companheiro foi um BTTista do Clube BTT de Matosinhos, Américo Liberal, que tinha mais 4 parceiros em prova e que estava desemparelhado… Apanhou comigo e foi um bom companheiro. Não me deixou no monte (isto só por si já foi bom), puxou por mim na Senhora do Salto e na Boneca… eu estava a ficar quebrado… Gostei muito da sua forma de ser frontal e estou-lhe agradecido por ter partilhado este dia comigo. Abraço para ele.

ORGANIZAÇÃO
De facto, eles apenas tinham que recolher as inscrições, arranjarem os dorsais, fornecerem os tracks e fazer deste dia o horror que tinham prometido. Assim foi, nada tenho a apontar de negativo… Mas tenho como positivo o acompanhamento que fizeram de alguns concorrentes… Não podiam estar em todas. Mas antes da prova procuraram “acasalar” interessados que estavam sem parceiro… Foi o que aconteceu comigo e agradeço, especialmente ao Carlos.

GPSs
O meu GPS acabou por não ser utilizado… Porque, por azelhisse, gravei apenas uma parte do track e porque, a montagem que fiz do meu Garnin 276C trepidava em excesso… Na descida de Santa Justa, tinha escavacado o GPS (ainda bem que não o usei)… O do meu parceiro era um Megland e, pelos vistos, fez a gravação a partir do TrackMaker, o que provocou a perda de alguns pontos do percurso… Se por isto ou não, andámos perdidos muitas, muitas, mesmo muitas vezes…

MECÂNICA
A mecânica sofreu que se fartou… Parafusos a soltarem-se, dropouts a quebrarem, vi muita coisa. A mim, desapertou-se a roda traseira duas vezes… Era a trepidação a dar cabo da coisa… Imaginem o mau pensamento que tive quando, de repente, estava na bicicleta e a roda traseira desencaixada… Acho que tive alguma sorte.

O QUE MAIS GOSTEI
Do percurso entre Alfena e Valongo, com raízes e ramos de eucaliptos no meio do trilho, com descidas a serem feitas a grande velocidade, com pedra solta, é verdade, mas pouca… e isto numa fase do evento em que ainda havia discernimento para estar fortemente atento e focado na descida… Ah, excepto os grandes regos numa das descidas onde um companheiro acabou por cair e sofrer um bocado...

O QUE MENOS GOSTEI
Das paredes em que tive que carregar a bicicleta às costas... Era mesmo para tornar a coisa horrível… E é claro que percebo que isto também é BTT e isto é mais uma mania minha…

UMA PALAVRA FINAL
Obrigado à organização, especialmente ao Carlos, e ao meu parceiro, o Liberal.