domingo, 30 de novembro de 2008

Invernal de BTT da Guarda, correu uma maravilha...

Acabadinho de chegar de Trancoso, tendo aproveitado a visita aos meus pais para participar no Invernal de 2008 - BTT.

Não podia ter sido melhor opção... passei o Sábado no meio da neve: para a minha mulher e filho foram momentos de iniciação ao verdadeiro nevão, com Trancoso coberto de branco, ainda demos um saltinho à Serra do Pisco para experimentar a natureza com estas características. No Sábado cheguei a duvidar que ía participar no Invernal, telefonei para a organização a perguntar se ia "haver prova", e foi peremptória a resposta: "claro que há Invernal...". Nesse dia ainda não me tinha apercebido que a situação estava mais "branca" por Trancoso do que na Guarda... No dia seguinte, para sair de casa precisei de descongelar a fechadura do meu Land Rover... e percorri os primeiros 2-3 Km com toda a atenção do mundo, em baixas e com o Bloqueio do Diferencial ligado... Mas, na Guarda, quase que não havia neve... "óptimo" (pensei), e com o sol a abrir, sabia que íamos subir até aos 1200/1300 mts, a manhã adivinhava-se esplendorosa (e foi).

Senti-me um privilegiado, à terceira passeata de BTT (retirando o Triatlo BTT) estava a pedalar em neve, em plena Serra da Estrela, com a montanha a estender-se à nossa frente, num zoom que nos transportava dentro de um desses canais que agora reportam grandes aventuras. E foi um prazer percorrer aquela que considera a minha verdadeira origem... O mais engraçado era a forma como as pessoas se interessavam por nós, diziam as suas piadas, gozavam à maneira deles... como me identifico com eles, como os identifico com uma parte tão importante da minha vida.

Quanto à organização, também acho que esteve muito bem... bebi um chazinho em cada abastecimento, comi umas bolachinhas e chocolates, as minhas pernas e as bebidas energéticas fizeram o resto. Só a dificuldade ficou um pouco aquém do que estou habituado aqui pelo Norte, ainda por cima retiraram 12 Km aos inicialmente previstos na Maratona... mas para mim até foi melhor. Neste momento não tenho a certeza da minha classificação, mas falaram-me de 22º no final, com pouco mais de 4 horas (!!). Vamos ver se isto se confirma... apesar de estarmos a falar de 300 participantes na prova (Maratona e Meia-maratona).

13º no escalão Sénior, 16º absoluto...

Afinal houve correcções da classificação final... A equipa da matosinhos sport também não deixou de estar atenta...

Fica a vontade de participar em mais provas de triátlo com BTT... é que me estou a começar a dar bem com isto.

classificações aqui

domingo, 23 de novembro de 2008

Lá consegui ficar nos 20 primeiros no BTT Triatlo de Leça do Balio.

Foi uma prova com muita gente a aproveitar para experimentar o triátlo, alguns, BTTistas bem fortes, mas foram os triatletas cá da terra que acabaram por ganhar a prova. Ainda não foram comunicadas (on-line) as classificações oficiais/finais, mas isso deu para perceber.

A prova, sendo uma experiência da Matosinhos Sport, deve começar por ser enaltecida nos seus aspectos mais positivos:
  • Paguei 3 € e tive brindes que não mais acabavam (bidões de bebida energética, barras de cereais, gel - ofertas da DietSport; TShirt; outros brindes...);
  • Inverteram a posição da natação, o que inicialmente achei estranho, mas foi uma modalidade que foi menos confusa que o normal, devido às largadas em rio ou praia com "grandes sovas de pontapés e murros"- que desta vez não houve;
  • Tinham uma equipa de apoio extensa, prestável e simpática, com malta a respeitar o desportista;
  • Levou esta prova para uma zona de Matosinhos, menos central, como Leça do Balio, tendo o percurso de atletismo despertado a curiosidade da população;
  • O percurso espectacular do BTT (esta visão até pode ser polémica porque sou um BTTista inexperiente, logo, com dificuldades em percursos técnicos - mas pude puxar forte, andar atrás dos que iam à minha frente, ultrapassá-los, e tive um despique interessante com dois ou três...
No entanto, nem tudo foram rosas e houve algumas falhas:
  • A inexistência de chips pode ter dificultado o controlo das voltas de BTT, atletismo e natação - a Run Porto, a Xistarca, a FPTriátlo, tem sistemas que ao certo mereceriam o investimento, mesmo que isso tivesse impacto no valor de inscrição;
  • O facto de o BTT se fazer em 6 voltas a um percurso (e não retiro o que disse sobre o espectacular que era) fez com que lentos e rápidos se perturbassem uns aos outros;
  • As instruções transmitidas na (1) Internet, no (2) briefing e (3) exigidas pelos elementos que arbitravam e controlavam as voltas de BTT e atletismo não coincidiram, o que levou a grandes confusões, desclassificações ou a classificações com resultados diferentes (ainda não sei as classificações... mas no próximo artigo voltarei a este assunto... eu fiz 6 voltas de BTT, 4 de corrida e 3 de natação, quando na Internet esta previsto 5, 3 e 3 respectivamente) - esta situação gerou chatisses enormes porque o atleta que ia em 1º na 3ª volta de corrida foi directo para a piscina e não terá feito a 4ª (tal como foi transmitido no briefing) - já na prova dos escalões inferiores havia miúdos que iam nos primeiros lugares que tinham feito apenas 1 volta de BTT e tinham que fazer 3;
  • Uma outra questão, que nada tem a ver com o ponto anterior, é a dos batoteiros, que resta saber se foram apanhados ou não - houve alguns participantes que não fizeram os 3X100 mts da piscina (o "W" que tinha que ser feito era cortado num "T"... eu vi participantes a fazerem isto quando chegava à bóia do vértice superior do "W", porque estava gente a chegar directamente do local da partida e não da bóia de onde eu era proveniente... e no final havia mais gente a falar disso...);
  • Há ainda um outro ponto que não vou deixar de referir e que não é muito aceitável - deixarem acabar a água nos abastecimentos da corrida e no final da prova. Eu nem fui muito afectado, apenas me faltou uma aguinha para molhar a boca na última volta, mas a malta que estava mais atrasada deve ter desesperado e sofrido... No final da prova apenas houve água para os 30 primeiros e o resto da rapaziada tinha que voltar para a piscina?
Para fechar este assunto, o saldo é positivo, mas porque foi a 1ª edição - na próxima justifica-se mais antecipação destas complicações.

Fica para o final do meu relato a forma como me senti e como me sai.
Gostei desta minha experiência depois do Super Sprint de Aveiro. Estou mais forte em todas as modalidades, mas foi na bicicleta que mais o senti (neste caso senti-me forte no BTT, até porque havia muitos BTTistas no pelotão à partida e era 17º na transição - vaeu a pena a incursão pela Maratona de BTT da Póvoa do Vazim e pelo Raid BTT do Sobrado). Também senti muita força na natação, onde só ganhei lugares, mas muitos foram dos que estavam com voltas de avanço sobre mim (ganhas antes de chegar à piscina). Na corrida também sinto que estou mais forte mas não tenho treinado a transição bicicleta-corrida e senti-me a derrear quando comecei a correr... para além disso tinha umas rampas fortíssimas, o que não é o meu forte (tenho que treinar esta parte em Dezembro). No final aparecia como 19º da lista (nem sei o tempo que fiz porque não desliguei o cronómetro...), mas fiquei com a ideia de que havia contas mal feitas... Seja como for, fiquei muito contente com a forma como decorreu a prova e com o resultado que tive.

Saldo positivo para mim também porque estou em treinos...

Deixei de fumar há mais ou menos 1 ano...

Fez este mês de Novembro 1 ano que não fumo... Há por aí muitos ex-fumadores que sabem com precisão a data em que fumaram o último cigarro, mas eu não sei, nem quero saber. É coisa que nem me seria difícil saber, bastava consultar um calendário, um extracto bancário e saberia a data certinha. Tudo aconteceu na sequência de uma férias em auto-caravana com a minha família pelos Pirinéus franceses, em finais de Outubro de 2007. Como não podia fumar na auto-caravana, passava os dias a compensar o vício com pensos Nicotinel e fumava um cigarrito à noite, antes de ir dormir. No entanto, nos 6 meses anteriores tinha feito algumas tentativas, tinha abandonado o meu anterior emprego (muito stressante) no anterior mês de Fevereiro, tinha retomado a natação e tentava levar uma vida mais cuidada... O certo é que quando regressei da viagem, tive uma sessão de piscina na qual me senti "normal". Mas, nos dois dias seguintes retomei o meu macito diário... e a 2ª sessão de piscina, após a viagem de auto-caravana, foi desoladora. Não sei se certo, mas provavelmente errado, associei o cansaço, a dificuldade de respirar que senti nesse treino de natação, principalmente no contraste com o treino anterior, que os responsáveis de tão fraco desempenho eram os cigarros. E foi esse o dia em que fumei o meu último cigarro. Como tinha tido a experiência positiva de aguentar não fumar com os pensos Nicotinel, na viagem de auto-caravana, estabeleci um "sistema" de redução gradual da dependência da Nicotina, tendo por base os pensas, que começaram por ser inteiros, durante cerca de 15 dias, seguidos de 15 dias com pensos com quantidades de Nicotina inferior ou pensos cortados ao meio... Terei andado nisto 1 mês e meio, abandonei os pensos e, provavelmente já em ano de 2008, começava a acreditar que ía mesmo deixar de fumar. Nesta altura ainda não corria, mas já me passava pela cabeça "fazer um triátlo" para comemorar o feito do abandono dos cigarros.
Actualmente acredito que tenho vícios mais saudáveis. A corrida, a bicicleta, a natação, o triátlo. E estou convencido que enquanto estes durarem não voltarei a fumar.
É esta uma das razões de levar esta minha faceta desportiva tão a sério...

Mas esta não é mais que uma cena de um episódio deste projecto...

domingo, 9 de novembro de 2008

5º Raid BTT do Sobrado...

Foi muito duro... acho que me custou mais que a Maratona da Póvoa do Varzim...

Nem foram as distâncias ou a percentagem de inclinação. Nem foi de não haver reforços de barras ou bebidas energéticas... Mas houve dois factos que me dificultaram muito a vida na manhã de hoje: (1 - a) as descidas eram muito técnicas, com singletraks com árvores de um lado e outro, ora escorregadios (da lama ou das folhas de eucalipto) ora com montes de cascalho, pedras ou pedregulhos; (1 - b) as subidas, idem, escorregadias, em rocha, com cascalho fino ou grosso, mas a causar muitas dificuldades a inexperientes como eu; e (2) para complicar mais ainda, a minha bicicleta teve muitos problemas mecânicos, nomeadamente, fiz quase todo o raid sem a pedaleira mais pequena, ou seja, sem as mudanças baixas... e nas subidas tinha que puxar forte, bem forte.

Mas lá fui andando. Ainda pensei em desistir por causa da pedaleira, mas não é o meu género, principalmente na 2ª prova em que estava a participar. Tenho é que ganhar experiência, por isso, dei-lhe forte. Aliás, ao contrário de muitos, nem cortei caminho para chegar ao fim...

Parece que não há prova em que não vá ao chão... sem consequências (desta vez só reparei nas marcas quando tomei banho).