domingo, 28 de junho de 2009

10ª Corrida Festas da Cidade do Porto


Tal como estava previsto, hoje de manhã lancei-me à 10ª corrida Festas da Cidade do Porto, feita com a parceria do meu primo Ricardo. Ontem à noite pensei em não ir, hoje de manhã também. Quando fui do local onde estacionei a minha viatura até à partida, feito a pé com uma corrida muito ligeira, pensei outra vez em desistir. Depois de alongar voltei a ter este pensamento. Aos 5 Km, como passávamos pelo local da meta, ainda pensei uma outra vez em desistir. Mas não desisti, fui até ao fim, num ritmo lento é verdade, numa lógica de treino de recuperação… e acabei. Foi preciso 01:24:03 para ficar no 1028º lugar, mas sinto que bem mereço a medalha. Depois da Volta aos Mecos, da luta taco a taco com a vontade de desistir, só podia mesmo estar satisfeito.

Pretendia aproveitar este fim-de-semana, com a família fora, para me dedicar a treinos de acumulação de quilómetros de bicicleta, tentando aliar-lhe a dureza, com uma corrida. Pensei em fazer um treino longo de bicicleta de estrada com uma meia maratona no final, mas como gosto de participar nestes eventos, e estavam estas duas provas agendadas, lá fui. Está feito, sem grandes mazelas, até porque, depois desta corrida, sinto-me a recuperar bem do esforço de ontem.

Para o meu primo Ricardo, os parabéns por ter melhorado o tempo do ano anterior em mais de 10min., aproximando-se da 1:15H… Ainda tentei segui-lo… mas não dava.

Volta aos Mecos em BTT


Não é que não se esperasse tamanha dureza, mas foi um dia de sofrimento atroz… Mais de 130 Km percorridos em cerca de 11:49:12 (reais, fora as paragens, foram aproximadamente 09:20:50 – diz o meu ciclocomputador), com um acumulado de cerca de 3200 mts e um terreno técnico com é a região de Alfena, Valongo, Paredes e Penafiel… com eucaliptos caídos no meio dos trilhos e estes, com muita pedra, com regueiros fundos, fazendo com que muitas subidas e descidas fossem dificílimas. O desafio era subirmos a 6 Mecos da região (Casteição, Quinta-rei, Santa Justa, Pias, Senhora do Salto e Boneca)… e fizemos quase 100%... acabámos por não “picar” o da Boneca, porque já estávamos estoirados e optámos por não fazer a parte final da subida para este meco e ficámos pelo Parque Eólico. Depois seguimos para a marginal e para o Porto.

CONSEQUÊNCIAS
Estou com o rabo assado e com o meu lado esquerdo cheio de arranhões… O rabo foi do selim, possivelmente com a ajuda de uns calções um tamanho acima do meu, que provocou a sua fricção na minha pele, quase desde o início. Os arranhões, são da minha curta experiência com pedais de encaixe e, provavelmente também excesso de aperto no pedal do lado direito, o que me fez cair várias vezes… o que valeu foi que era em momentos de abrandamento e em que o desencaixe não funcionou…

PARCEIRO
O meu companheiro foi um BTTista do Clube BTT de Matosinhos, Américo Liberal, que tinha mais 4 parceiros em prova e que estava desemparelhado… Apanhou comigo e foi um bom companheiro. Não me deixou no monte (isto só por si já foi bom), puxou por mim na Senhora do Salto e na Boneca… eu estava a ficar quebrado… Gostei muito da sua forma de ser frontal e estou-lhe agradecido por ter partilhado este dia comigo. Abraço para ele.

ORGANIZAÇÃO
De facto, eles apenas tinham que recolher as inscrições, arranjarem os dorsais, fornecerem os tracks e fazer deste dia o horror que tinham prometido. Assim foi, nada tenho a apontar de negativo… Mas tenho como positivo o acompanhamento que fizeram de alguns concorrentes… Não podiam estar em todas. Mas antes da prova procuraram “acasalar” interessados que estavam sem parceiro… Foi o que aconteceu comigo e agradeço, especialmente ao Carlos.

GPSs
O meu GPS acabou por não ser utilizado… Porque, por azelhisse, gravei apenas uma parte do track e porque, a montagem que fiz do meu Garnin 276C trepidava em excesso… Na descida de Santa Justa, tinha escavacado o GPS (ainda bem que não o usei)… O do meu parceiro era um Megland e, pelos vistos, fez a gravação a partir do TrackMaker, o que provocou a perda de alguns pontos do percurso… Se por isto ou não, andámos perdidos muitas, muitas, mesmo muitas vezes…

MECÂNICA
A mecânica sofreu que se fartou… Parafusos a soltarem-se, dropouts a quebrarem, vi muita coisa. A mim, desapertou-se a roda traseira duas vezes… Era a trepidação a dar cabo da coisa… Imaginem o mau pensamento que tive quando, de repente, estava na bicicleta e a roda traseira desencaixada… Acho que tive alguma sorte.

O QUE MAIS GOSTEI
Do percurso entre Alfena e Valongo, com raízes e ramos de eucaliptos no meio do trilho, com descidas a serem feitas a grande velocidade, com pedra solta, é verdade, mas pouca… e isto numa fase do evento em que ainda havia discernimento para estar fortemente atento e focado na descida… Ah, excepto os grandes regos numa das descidas onde um companheiro acabou por cair e sofrer um bocado...

O QUE MENOS GOSTEI
Das paredes em que tive que carregar a bicicleta às costas... Era mesmo para tornar a coisa horrível… E é claro que percebo que isto também é BTT e isto é mais uma mania minha…

UMA PALAVRA FINAL
Obrigado à organização, especialmente ao Carlos, e ao meu parceiro, o Liberal.

domingo, 14 de junho de 2009

X Famalicão - Joane

Foi há quase um ano atrás que tive a minha primeira participação num prova popular. Foi no dia 22 de Junho que fiz a Corrida Festas da Cidade do Porto. Dentro de 15 dias lá estarei para experimentar pela segunda vez as sensações dos 15 Km.

Mas foi hoje que participei pela segunda vez numa prova, neste caso, a Famalicão - Joane, que em 2008 se realizou em Setembro (na altura a IX edição). Fiz então um tempo inferior a 1 hora, que era o meu objectivo, mas desta vez aspirava a fazer menos que 55 min. Sou capaz de mais, mas estou numa fase de dedicação ao endurance, para ganhar quilómetros e condicionar o corpo a correr, correr e correr... (e estou a fazer o mesmo com o ciclismo e com a natação)...

Acabei em 342º, com um tempo (pelo meu cronómetro) de 00:55:29...

O dia até estava propício para uma corrida, o sol não pesava nos nossos corpos e uma ligeira brisa, salpicada por um gotícula ou outra era ideal para ajudar à festa das corridas. Parecia haver menos gente que no ano passado e a animação era menor... Não houve o desafio colocado à população em 2008, de um concurso de disfarces com direito a prémio no final, e a prova de bicicleta era depois da corrida. Cheguei a pensar que este ano não haveria a adesão de público que me tinha impressionado na primeira viagem a esta prova. Mas não... lá estava o povo, em Famalicão, Vermoim, Joane e nas diversas povoações por onde passámos. Vestimenta domingueira, com mais palmas ou menos palmas, mais gritaria ou posturas mais sisudas, lá estava o povo deste concelho dedicado a ver-nos passar... E não arredavam pé, pois, já quando voltava para o Porto, mais de 1 hora depois de ter concluído a minha prova, lá estava o público a apoiar, desta feita, os ciclistas...

Quanto à corrida, como referi, estou dedicado ao endurance e hoje foi um dia de endurance mais rápido... Comecei com um ritmo em que nunca estive no limite, mantive um ritmo sem ir ao limite e só nos últimos 2 Km puxei um pouco mais por mim, para acabar estoirado. O importante mesmo era sentir-me bem, o que aconteceu... a sensação de bem estar no final de uma prova está cá sempre.

No próximo mês tenho que fazer umas séries (natação, ciclismo e corrida) uma vez que estou para me estrear na distância olímpica do triatlo...