domingo, 28 de junho de 2009

Volta aos Mecos em BTT


Não é que não se esperasse tamanha dureza, mas foi um dia de sofrimento atroz… Mais de 130 Km percorridos em cerca de 11:49:12 (reais, fora as paragens, foram aproximadamente 09:20:50 – diz o meu ciclocomputador), com um acumulado de cerca de 3200 mts e um terreno técnico com é a região de Alfena, Valongo, Paredes e Penafiel… com eucaliptos caídos no meio dos trilhos e estes, com muita pedra, com regueiros fundos, fazendo com que muitas subidas e descidas fossem dificílimas. O desafio era subirmos a 6 Mecos da região (Casteição, Quinta-rei, Santa Justa, Pias, Senhora do Salto e Boneca)… e fizemos quase 100%... acabámos por não “picar” o da Boneca, porque já estávamos estoirados e optámos por não fazer a parte final da subida para este meco e ficámos pelo Parque Eólico. Depois seguimos para a marginal e para o Porto.

CONSEQUÊNCIAS
Estou com o rabo assado e com o meu lado esquerdo cheio de arranhões… O rabo foi do selim, possivelmente com a ajuda de uns calções um tamanho acima do meu, que provocou a sua fricção na minha pele, quase desde o início. Os arranhões, são da minha curta experiência com pedais de encaixe e, provavelmente também excesso de aperto no pedal do lado direito, o que me fez cair várias vezes… o que valeu foi que era em momentos de abrandamento e em que o desencaixe não funcionou…

PARCEIRO
O meu companheiro foi um BTTista do Clube BTT de Matosinhos, Américo Liberal, que tinha mais 4 parceiros em prova e que estava desemparelhado… Apanhou comigo e foi um bom companheiro. Não me deixou no monte (isto só por si já foi bom), puxou por mim na Senhora do Salto e na Boneca… eu estava a ficar quebrado… Gostei muito da sua forma de ser frontal e estou-lhe agradecido por ter partilhado este dia comigo. Abraço para ele.

ORGANIZAÇÃO
De facto, eles apenas tinham que recolher as inscrições, arranjarem os dorsais, fornecerem os tracks e fazer deste dia o horror que tinham prometido. Assim foi, nada tenho a apontar de negativo… Mas tenho como positivo o acompanhamento que fizeram de alguns concorrentes… Não podiam estar em todas. Mas antes da prova procuraram “acasalar” interessados que estavam sem parceiro… Foi o que aconteceu comigo e agradeço, especialmente ao Carlos.

GPSs
O meu GPS acabou por não ser utilizado… Porque, por azelhisse, gravei apenas uma parte do track e porque, a montagem que fiz do meu Garnin 276C trepidava em excesso… Na descida de Santa Justa, tinha escavacado o GPS (ainda bem que não o usei)… O do meu parceiro era um Megland e, pelos vistos, fez a gravação a partir do TrackMaker, o que provocou a perda de alguns pontos do percurso… Se por isto ou não, andámos perdidos muitas, muitas, mesmo muitas vezes…

MECÂNICA
A mecânica sofreu que se fartou… Parafusos a soltarem-se, dropouts a quebrarem, vi muita coisa. A mim, desapertou-se a roda traseira duas vezes… Era a trepidação a dar cabo da coisa… Imaginem o mau pensamento que tive quando, de repente, estava na bicicleta e a roda traseira desencaixada… Acho que tive alguma sorte.

O QUE MAIS GOSTEI
Do percurso entre Alfena e Valongo, com raízes e ramos de eucaliptos no meio do trilho, com descidas a serem feitas a grande velocidade, com pedra solta, é verdade, mas pouca… e isto numa fase do evento em que ainda havia discernimento para estar fortemente atento e focado na descida… Ah, excepto os grandes regos numa das descidas onde um companheiro acabou por cair e sofrer um bocado...

O QUE MENOS GOSTEI
Das paredes em que tive que carregar a bicicleta às costas... Era mesmo para tornar a coisa horrível… E é claro que percebo que isto também é BTT e isto é mais uma mania minha…

UMA PALAVRA FINAL
Obrigado à organização, especialmente ao Carlos, e ao meu parceiro, o Liberal.

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