Já está.
Foi a minha estreia na distância Half Ironman e não podia ser melhor. Nunca tive tanto prazer numa prova, uma vez que tive tempo para contemplar o Oceanário da perspectiva da água, o rio Tejo à chegada a Lisboa, na bicicleta, e gozar o apoio do público na corrida… A minha mulher até acha que estou a exagerar, mas fiz a prova toda a gerir o esforço, em ritmo de endurance, sem nunca chegar a “sofrer” para dar uma braçada, uma pedalada ou uma passada.
Na perspectiva de chegar ao fim a tentar não passar mal, tinha programado fazer tudo no tempo de 5:30h (40 min. para a natação + 3h para a bicicleta + 1:50h para a corrida, incluindo as transições) … e ganhei tempo em tudo.
Mas isto tem uma explicação simples… antes da prova (mesmo a semana anterior) andei nervoso que até metia dó… PPM altas (antes da prova cheguei a ver o meu Garmin marcar mais de 140…), estava com muito receio… que me fez pensar que só podia ir com CALMA… e assim fiz. Geri, geri, geri… e resultou bem.
Na natação nunca me senti cansado, fui sempre relaxado e até tive o cuidado de tentar ser racional na utilização da técnica (e realmente resulta muito bem). Não forcei nada (o Luís Ferreira, meu companheiro da AASM, disse-me para fazer a natação com muita calma…). Para além disso, optei por me orientar pelos outros atletas, seguindo sempre com um grupo… Só no último 1/5 da prova isso não aconteceu (e aqui terei perdido tempo desnecessariamente, pelo ziguezaguear em que acabei por ir) o que foi, mais uma vez, uma sensação menos boa… No entanto, estava cá fora com menos de 38:50 min., para mim, bom.
A T1 foi demorada… calçar meias, calçar sapatos de encaixe… 3:31min..
A bicicleta foi gerida pelo Garmin, ou melhor, pela monitorização cardíaca. Fui sempre entre as 145 e as 158 PPM, sem “sofrer”, e com o pedalar o mais constante possível. Tinha uma subida acentuada no meio de cada uma das voltas (eram 4 voltas), mas nem aí me esforcei muito. Na descida, aproveitava para descansar… Fui controlando o tempo que fazia a cada 10Km… Estive quase sempre no parcial dos 18 min., excepto por duas vezes, uma vez na casa dos 19 min. e uma outra na dos 17 min.. Quer isto dizer que fui sempre a uma velocidade superior aos 30Km/hora, que significava que faria o segmento de ciclismo abaixo das 3h… Não era permitido “andar na roda”, era tipo Contra Relógio… e assim fui, mas havia muitos grupos… Eu circulei próximo de malta que acabou por se juntar na 3ª volta e, claramente, pelo cansaço, houve gente que se colou (literalmente) à roda de outros e foi rebocado… Mas nós estávamos lá atrás, porque me pareceu que à frente também se fez o mesmo… Acabei este segmento com 2:44:35.
Depois vinha uma Meia-maratona… Se até aqui fui sempre a gerir, teria que fazer o mesmo na Meia-maratona. Assim, mal sai do parque de transição (T2 = 1:38), quando ia a um ritmo inferior a 4:30 por Km, meti travão no ímpeto… Era muito rápido e abrandei logo. Fui calmo, sem querer saber de quem me ultrapassava. Seguia em torno dos 4:45… mas, com o passar dos quilómetros ia abrandando. Não chegava a sentir-me fraquejar, unicamente, deixava-me levar num ritmo confortável. Curti muito, mesmo muito… e apenas no início da 3ª volta pareceu estar a vir qualquer coisa que me “queria mal”… mas abrandei logo (de 5:15 para 5:40). Passou… e recuperei um pouco. Foi assim até ao final. O parcial de corrida foi feito em 1:45:58 (mas ainda faltava pouco menos de 1Km para a Meia-maratona = 20,2Km)…
FINAL= 5:14:34 … e sentia-me tão bem! Nunca acabei uma maratona tão fresco… Já fiz várias Meias-maratonas em que estava em pior estado. Até treinos fiz em que fiquei pior. Tive um prazer do caraças… O que tinha corrido mal no planeamento deste fim-de-semana foi mesmo o facto dos meus familiares se terem ausentado de Lisboa (razões iguais às minhas)… e o meu núcleo familiar não estava ali. Voltei para São Mamede de Infesta porque eles não me saíam do pensamento…
Abraço para o Luís Ferreira pelos conselhos que me foi dado (no final vim-me embora sem me despedir, mas nem sabia que não o ia ver mais)…
Abraço também para os bloggers que reencontrei… o triatlo é muito, muito fixe.
Foi a minha estreia na distância Half Ironman e não podia ser melhor. Nunca tive tanto prazer numa prova, uma vez que tive tempo para contemplar o Oceanário da perspectiva da água, o rio Tejo à chegada a Lisboa, na bicicleta, e gozar o apoio do público na corrida… A minha mulher até acha que estou a exagerar, mas fiz a prova toda a gerir o esforço, em ritmo de endurance, sem nunca chegar a “sofrer” para dar uma braçada, uma pedalada ou uma passada.
Na perspectiva de chegar ao fim a tentar não passar mal, tinha programado fazer tudo no tempo de 5:30h (40 min. para a natação + 3h para a bicicleta + 1:50h para a corrida, incluindo as transições) … e ganhei tempo em tudo.
Mas isto tem uma explicação simples… antes da prova (mesmo a semana anterior) andei nervoso que até metia dó… PPM altas (antes da prova cheguei a ver o meu Garmin marcar mais de 140…), estava com muito receio… que me fez pensar que só podia ir com CALMA… e assim fiz. Geri, geri, geri… e resultou bem.
Na natação nunca me senti cansado, fui sempre relaxado e até tive o cuidado de tentar ser racional na utilização da técnica (e realmente resulta muito bem). Não forcei nada (o Luís Ferreira, meu companheiro da AASM, disse-me para fazer a natação com muita calma…). Para além disso, optei por me orientar pelos outros atletas, seguindo sempre com um grupo… Só no último 1/5 da prova isso não aconteceu (e aqui terei perdido tempo desnecessariamente, pelo ziguezaguear em que acabei por ir) o que foi, mais uma vez, uma sensação menos boa… No entanto, estava cá fora com menos de 38:50 min., para mim, bom.
A T1 foi demorada… calçar meias, calçar sapatos de encaixe… 3:31min..
A bicicleta foi gerida pelo Garmin, ou melhor, pela monitorização cardíaca. Fui sempre entre as 145 e as 158 PPM, sem “sofrer”, e com o pedalar o mais constante possível. Tinha uma subida acentuada no meio de cada uma das voltas (eram 4 voltas), mas nem aí me esforcei muito. Na descida, aproveitava para descansar… Fui controlando o tempo que fazia a cada 10Km… Estive quase sempre no parcial dos 18 min., excepto por duas vezes, uma vez na casa dos 19 min. e uma outra na dos 17 min.. Quer isto dizer que fui sempre a uma velocidade superior aos 30Km/hora, que significava que faria o segmento de ciclismo abaixo das 3h… Não era permitido “andar na roda”, era tipo Contra Relógio… e assim fui, mas havia muitos grupos… Eu circulei próximo de malta que acabou por se juntar na 3ª volta e, claramente, pelo cansaço, houve gente que se colou (literalmente) à roda de outros e foi rebocado… Mas nós estávamos lá atrás, porque me pareceu que à frente também se fez o mesmo… Acabei este segmento com 2:44:35.
Depois vinha uma Meia-maratona… Se até aqui fui sempre a gerir, teria que fazer o mesmo na Meia-maratona. Assim, mal sai do parque de transição (T2 = 1:38), quando ia a um ritmo inferior a 4:30 por Km, meti travão no ímpeto… Era muito rápido e abrandei logo. Fui calmo, sem querer saber de quem me ultrapassava. Seguia em torno dos 4:45… mas, com o passar dos quilómetros ia abrandando. Não chegava a sentir-me fraquejar, unicamente, deixava-me levar num ritmo confortável. Curti muito, mesmo muito… e apenas no início da 3ª volta pareceu estar a vir qualquer coisa que me “queria mal”… mas abrandei logo (de 5:15 para 5:40). Passou… e recuperei um pouco. Foi assim até ao final. O parcial de corrida foi feito em 1:45:58 (mas ainda faltava pouco menos de 1Km para a Meia-maratona = 20,2Km)…
FINAL= 5:14:34 … e sentia-me tão bem! Nunca acabei uma maratona tão fresco… Já fiz várias Meias-maratonas em que estava em pior estado. Até treinos fiz em que fiquei pior. Tive um prazer do caraças… O que tinha corrido mal no planeamento deste fim-de-semana foi mesmo o facto dos meus familiares se terem ausentado de Lisboa (razões iguais às minhas)… e o meu núcleo familiar não estava ali. Voltei para São Mamede de Infesta porque eles não me saíam do pensamento…
Abraço para o Luís Ferreira pelos conselhos que me foi dado (no final vim-me embora sem me despedir, mas nem sabia que não o ia ver mais)…
Abraço também para os bloggers que reencontrei… o triatlo é muito, muito fixe.
7 comentários:
Muito, muito bem!
Grande, grande Pena.
Muitos parabéns.
Abraço.
Muitos parabéns! Foi de facto o tempo óptimo e quem acaba uma prova destas é um herói. Usaste muito bem a cabeça o que nem sempre é fácil. Abraço!
Passo a passo o quadro vai-se compondo, agora só falta o último desafio, que com paciência e persistência também será superado.
Até Coimbra e bons treinos.
Desafio superado!
Grande Rui, boa prova. Eu ando a ver se consigo interiorizar esta gestão do esforço, mas não é fácil. Apesar de a quem lê o teu relato parecer fácil.
E o quadro das competições está quase quase todo preenchido...
Parabéns.
Um grande abraço.
Fantástico Rui.
São momentos como este que viveste que nos enche de vontade para sair de casa e treinar.
Grande abraço
Obrigado a todos...
Ainda bem que correu bem... acho que o nervosismo anterior à prova refreou algum ímpeto que poderia ter sido negativo.
Vamos ver como corre (sem nervosismo)em Aveiro, São Jacinto (30 de Maio) ... inscrição 15€, já estão abertas.
Abraços,
Rui
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